sexta-feira, 4 de maio de 2007

BANALIDADES PERIGOSAS

Mário Lino debitou hoje mais umas quantas vulgaridades e falsidades políticas sobre a Ota, no Congresso do Oeste. depois de esclarecer as suas habilitações literárias e profissionais ("sou engenheiro civil inscrito na Ordem"), o que pode ser considerado como uma subtil dissidência face ao Priemiro-Ministro, o ministro disse mais umas coisas.
Vejamos uma a uma:
«Acho que devia haver [consenso político], porque se há consenso técnico o consenso político tinha razão de existir, porque o actual governo não alterou nada do que vinha dos governos anteriores»
Falso: primeiro, não há consenso técnico, segundo o consenso político não tem de estar dependente de um consenso técnico, terceiro, o consenso político não tem nada a ver com o facto de a Ota ter sido preparada por Governos anteriores.
«para dar um exemplo de que tinha uma liderança forte, informou que foi ele [Marques Mendes] que trouxe à luta política a questão da Ota, transformando a questão numa arma de arremesso político com pretensos estudos».
Falso: não foi Marques Mendes que trouxe a Ota à luta política. Foi a nova Democrcacia, como o ministro bem sabe. E quanto a Marques Mendes, não estará o ministro a usar a Ota como arma de arremesso político contra o líder do PSD?
Para o ministro está em curso «uma violenta e inqualificável iniciativa de partidarização e combate político envolvendo uma questão de eminente interesse nacional."
Falso: o que está em curso é uma discussão como nunca se fez e se o ministro der licença, há quem discorde. Violência, ainda não dei por ela. Importa-se de especificar o número, a localização das agressões e a identidade das vítimas? Não sei se isto não correrá o risco de ser considerada política de sarjeta, mas mesmo assim arrisco. Eu discordo. E como eu a maioria dos portugueses como se vê pela entrada abaixo desta. O ministro não gosta disso, mas fique sabendo que não mete medo a ninguém com esses labéus de "partidarização" e desse pecado mortal que é o "combate político". Sim, há combate político contra a Ota. Quererá o ministro proibi-lo?

Sem comentários: