segunda-feira, 30 de abril de 2007

ORA BEM!

"Ao contrário do que se tem feito crer o investimento num grande aeroporto internacional não é um problema de engenharia. À engenharia não cabe nem a decisão quanto à construção ou à escolha do local, dos engenheiros espera-se que encontrem as soluções de engenharia para que o aeroporto seja construído aqui ou acolá, cabe-lhes avaliar o locais onde o aeroporto pode ser construído e propor as soluções técnicas."

CONTINHAS

"Vinte anos de espera, uma inauguração um ano e cinco meses depois do previsto, mais 72 milhões do que os 320 previamente orçamentados, um Primeiro-Ministro que celebra o acontecimento que é a abertura de quatro-quilómetros-quatro de rede do Metro Sul do Tejo e 264 anomalias detectadas pela Câmara do Seixal apenas nesse percurso (Fonte: Público). Para além das infra-estruturas entretanto saqueadas em tudo o que se possa revender na praça. A viagem inaugural vai durar 11 minutos. É Portugal no seu melhor. Venham daí o TGV e a OTA. "
João Villalobos, no Corta-Fitas.

sábado, 28 de abril de 2007

ISTO VAI TER RESPOSTA!

Cabe às autarquias identificar donos dos terrenos da Ota

A identificação dos proprietários dos terrenos em redor do futuro aeroporto da Ota, Alenquer, não será divulgada pelo ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações, uma decisão que caberá, segundo o ministério, às autarquias locais.

Relativamente à área de implantação do aeroporto (1700 hectares), nas freguesias de Triana e Ota, no concelho de Alenquer, os nomes dos particulares e empresas proprietárias estão disponíveis no site da NAER (Novo Aeroporto, Sa). O Partido da Nova Democracia (PND) pediu sexta- feira ao Governo para tornar público os nomes dos proprietários dos terrenos em redor do futuro aeroporto da Ota, por suspeitas de que possa haver beneficiários. «O Governo devia tomar medidas no sentido de tornar pública a informação relativa à propriedade dos terrenos que estão abrangidos pela construção do aeroporto», afirmou à Lusa Jorge Ferreira, da direcção do PND.

De acordo com fonte do Ministério das Obras Públicas contactada hoje pela Lusa não faz sentido divulgar outros proprietários além dos que já foram tornados públicos, e que correspondem à zona definida para a construção do aeroporto. O tipo de construções que será permitida em redor da Ota estará a cargo das autarquias locais, remete a mesma fonte. Contudo, o vice-presidente da Câmara de Alenquer, Jorge Riso, disse à Lusa que o tipo de construção permitida nessas áreas estará condicionada pelas sugestões da NAER que se encontra a realizar estudos de caracterização dos locais. Depois desses estudos, os técnicos encarregues de elaborar a revisão do Plano Director Municipal de Alenquer apresentarão uma proposta que deverá estar em discussão pública até ao final do ano.

Lusa/SOL

O ÚLTIMO DUELO SOBRE A OTA

O debate mensal na Assembleia da República com presença do primeiro-ministro, José Sócrates, aqueceu quando Marques Mendes lançou algumas acusações ao chefe de Governo. O líder do PSD falou da Ota e da saúde. «A solução da Ota não é uma solução de futuro. Há alternativas melhores, mais baratas, mais seguras, com possibilidade de expansão e melhor ordenamento do território», começou por dizer Marques Mendes. Na sua perspectiva está a avançar-se com uma a «teoria do quero, posso e mando».

José Sócrates respondeu com acutilância: «Vem dizer que 30 anos de estudos por parte do Estado nada valem «O senhor deputado diz que há outros locais melhores do que Ota, com base em quê? Mistério! Com base em que estudo? Mistério! Com base em que elementos? Mistério! A Ota é que não! É lamentável que alguém que esteve no anterior governo que confirmou esta opção pela Ota questione esta localização» . Para o primeiro-ministro, não existe outra solução. «O senhor deputado tem outros estudos para propor ao país uma nova localização para um novo aeroporto? Em matéria de novo aeroporto de Lisboa posição do PSD é de uma total demagogia. Quando estava no Governo era a favor da Ota na oposição tudo lhe serve para criticar a Ota», frisou, referindo que falar de outras soluções, sem apresentar estudos alternativos é um «argumento infantil, para não dizer argumento de má fé».

Marques Mendes reagiu, afirmando que o processo do novo aeroporto internacional de Lisboa revela a forma autoritária de governar do primeiro-ministro. «É o exemplo em que o senhor dá a maior prova de autismo. Só mesmo os técnicos pagos pelo Governo é que defendem a Ota e mesmo esses não dizem que ela é uma grande solução, dizem que não há tempo para outros estudos. Porque é que o Governo não manda fazer estudos de outras soluções alternativas? O que é deplorável é este autismo e esta opção do Governo. De um lado está o Governo, insensível, arrogante neste domínio. Do outro lado estão os especialistas», apontou Marques Mendes. «A Ota é uma solução do passado», considerou ainda o líder do PSD. «Faço-lhe aqui um apelo: recue. Isto não é uma obra particular sua, nem do seu ministro, é uma obra pública, de todos os portugueses», defendeu.

O primeiro-ministro voltou a ripostar. «Que ligeireza, que leviandade. Então um político afirma que a melhor local para construir é um aeroporto é outro que não o escolhido sem nenhum estudo. Não tendo outras linhas de ataque decide insistir no aeroporto», sublinhou.
Fonte: Portugal Diário

quarta-feira, 25 de abril de 2007

O ERRO DA OTA

Pela primeira vez em livro todas as decisões que levaram ao "Erro da Ota" e todas as soluções para dele sair. Um livro que se dirige a todos os cidadãos interessados, e que contém um apelo ao Presidente da República, lançado em colaboração com uma rede de blogs e portais e jornais digitais.

O panorama traçado pelos autores revela que está em jogo “sentir o território”; tentar perceber a geografia da região metropolitana de Lisboa; quais as potencialidades dos grandes estuários e a ligação dos corredores do Tejo e Sado; as vulnerabilidades da expansão a Norte do Tejo; a abrangência e as ameaças ambientais ao aquífero da península de Setúbal; a rede de ligações mar e terra, os portos e o transporte ferroviário e rodoviário.

Em segundo lugar, os autores rejeitam a Ota. Foi uma decisão mal preparada por sucessivos governos; mal fundamentada do ponto de vista técnico; acompanhada da ocultação e da manipulação de estudos; e desacompanhada por precauções relativamente à especulação fundiária: a Ota contraria toda e qualquer normalidade de procedimentos de “bom senso”.

Em terceiro lugar, aceitam que a Portela tem de ser complementada por um novo Aeroporto que deverá surgir de uma perspectiva de implementação faseada. O novo Aeroporto Internacional terá de reservar espaço de desenvolvimento para todo o século XXI. Para isso, o território em que se implanta deve ser bem compreendido, e as ligações com portos e ferrovias bem estabelecidas porque, em futuro próximo, as contingências ambientais limitarão a correcção de trajectória.

Pedidos especiais:

Editora Tribuna - António Lalande (21 3150438)

Copiado integralmente do Cãocompulgas.

terça-feira, 24 de abril de 2007

AR DESMENTE GOVERNO

A Assembleia da República vai organizar «o mais brevemente possível» um colóquio parlamentar sobre o novo aeroporto internacional de Lisboa que deverá reunir especialistas de diferentes áreas, segundo uma proposta do BE hoje aprovada em sede de comissão por unanimidade. Ora, se a AR acha que ainda vale a pena debater o assunto, se o PS acha que ainda vale a pena debater o assunto, já que também votou favoravelmente a proposta, então é porque na verdade a construção de um aeroporto na Ota não é irreversível.

sábado, 21 de abril de 2007

O REGRESSO DO ESTALINISMO

O ministro Mário Lino foi politicamente formado na melhor escola estalinista do PCP. É um dos transfugas comunistas rendidos aos encantos do capital. De caminhos achou-se de encantos com a Espanha, passando a defender o iberismo. Claro que nem uma coisa nem outra o impediram de aceitar altas responsabilidades no Governo da República. E logo muma pasta apta a satisfazer os seus dois mais recentes encantos: o dinheiro e a Espanha. Hoje, o Sol diz que os responsáveis pelo estudo que questiona a construção do aeroporto na Ota levaram uma corrida em osso. Mas esta é apenas mais uma das poucas vergonhas a que o país vem pacientemente assistindo nos últimos tempos. Agora é esta: quando a verdade não convém, quando a opinião não convém, faz-se a purga.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

ANTES, NÃO! EM VEZ DE...

Por André Azevedo Alves, em O Insurgente.

AUDIÊNCIA COM CAMARA MUNICIPAL DE ALENQUER

Eu e o Francisco Martins, fomos hoje recebidos em representação da Nova Democracia, na Camara Municipal de Alenquer, por causa da cidade aeroportuária secreta. Eis o resumo da ocorrência:
Alenquer, 20 Abr (Lusa) - O Partido da Nova Democracia (PND) pediu hoje ao Governo para tornar público os nomes dos proprietários dos terrenos em redor do futuro aeroporto da Ota, por suspeitas de que possa haver beneficiários. "O Governo devia tomar medidas no sentido de tornar pública a informação relativa à propriedade dos terrenos que estão abrangidos pela construção do aeroporto", afirmou hoje à Lusa Jorge Ferreira, da direcção do PND. "Dados os montantes envolvidos e a natureza deste empreendimento, deveria haver mais transparência para terminar o clima de suspeição que existe no país relativamente à valorização dos terrenos", sublinhou Jorge Ferreira. O elemento da direcção do PND falava após uma reunião com o vice-presidente da Câmara de Alenquer, a seu pedido, para se inteirar sobre a veracidade de uma notícia publicada no semanário Expresso e que informava que a autarquia "prepara em segredo uma cidade" aeroportuária em redor do aeroporto. Jorge Ferreira disse que o vice-presidente, Jorge Riso, esclareceu que "não está em preparação uma cidade aeroportuária" explicando que está a ser elaborada a revisão do Plano Director Municipal tendo em conta o aeroporto da Ota. Referindo que "o que é preocupante é haver decisões públicas que beneficiam ou prejudicam intencionalmente certas pessoas", o dirigente apelou a que "seja tornada pública a identificação dos proprietários abrangidos pela construção do aeroporto da Ota". Ao contrário da margem Sul do Tejo, onde há "transparência", os beneficiários serão o "Banco Espírito Santo e a Lusoponte", na Ota "ninguém sabe" quem são, "o que não quer dizer que ninguém venha a ganhar", disse Jorge Ferreira, que é contra a construção do aeroporto na Ota. Nesse sentido, a Nova Democracia já efectuou o pedido ao Governo e escreveu aos deputados da Assembleia da República a perguntar se têm propriedades nesta zona, tendo recebido "três ou quatro respostas" negativas. Por seu lado, o vice-presidente da Câmara de Alenquer adiantou à Lusa que a NAER (empresa responsável pelos estudos do aeroporto) "está a fazer um estudo de caracterização de tudo o que existe na envolvente ao aeroporto para depois fazer uma proposta de ocupação dos solos". A proposta da NAER será conjugada com a do Plano Director Municipal de Alenquer que deverá estar concluída em Julho e seguir para discussão pública no final do ano, acrescentou o autarca.
Fonte: Lusa

quinta-feira, 19 de abril de 2007

AMANHÃ EM ALENQUER

A Nova Democracia é recebida amanhã, pelas 09.30 horas pela Camara Municipal de Alenquer, a seu pedido, para abordar a célebre cidade secreta projectada pela Camara para a zona da Ota.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

MAIS DESVANTAGENS DA OTA

O novo aeroporto da Ota só será servido por um acesso directo sem portagens a partir da zona de Lisboa, que ainda está em estudo. Em todas as outras principais vias rodoviárias para chegar à nova infra-estrutura está prevista a cobrança de portagens. Ler aqui.

ASSUNTOS PROIBIDOS

"O PS chumbou hoje as audições da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e da Força Aérea sobre o projecto do aeroporto da Ota, requeridas pelo Bloco de Esquerda (BE), e adiou a votação da proposta de um colóquio parlamentar sobre o mesmo assunto." (Público). Quanto mais se falar da Ota mais ficam vista de todos às fragilidades do projecto. Logo, o PS decretou a lei da rolha parlamentar à sombra da sua arrogante maioria absoluta.

terça-feira, 17 de abril de 2007

COMPARAÇÕES DIABÓLICAS

"Certamente que existirão outras opções para evitar a solução proposta pela NAER, empresa que está a estudar este projecto. Neste artigo, será demonstrado, da forma mais simples possível, que a proposta que tem sido apresentada é a mais cara, a que tem maior impacte ambiental e aquela que pior serve o país. Vamos comparar duas opções A e B:Hipótese A (NAER): Encerrar a Portela + Construir a Ota + 2º novo aeroporto; Hipótese B: Manter a Portela + Novo aeroporto num local que permita a sua expansão. Observando as opções A e B verificamos que a diferença entre elas é a soma da destruição da Portela + construção da Ota. Conclui-se que A é muito mais cara que B. Não é preciso contratar o MIT para o entender. Quem fizer as devidas comparações com os novos aeroportos de Atenas e Oslo perceberá que a Ota nunca custará menos de 5 mil milhões de euros. Somando a este montante tudo o que foi gasto na Portela, mais os 400 milhões de euros que ainda se vão investir até 2017, conclui-se que a verba atingirá valores da ordem dos 7 mil milhões de euros.Outra grande desvantagem da hipótese A da NAER é que obriga a construir tudo de uma vez só. Ao contrário, na hipótese B e se um dia o actual aeroporto de Lisboa saturar, a estratégia a adoptar deveria passar por manter a Portela e criar uma nova infra-estrutura num local plano que permitisse a sua construção faseada e a sua utilização simultânea com o actual e de acordo com as necessidades do País. Na Margem Sul, na Península de Setúbal, é possível tal opção, enquanto na Margem Norte isso é inviável.Seria uma forma de rentabilizar as centenas de milhões de euros investidos até hoje e continuar a tirar partido das condições naturais excelentes e únicas da Portela, que garantem elevada fiabilidade pois funciona durante365 dias do ano e raramente encerra devido às suas excelentes condições meteorológicas.O único argumento que a NAER invoca para escolher a Ota é o ambiental.Também aqui a hipótese A da NAER é a pior, porque a construção de 2 aeroportos provoca mais danos ambientais do que a de um só."

Rui Rodrigues, no Público de 16.04.2007

segunda-feira, 16 de abril de 2007

TÉCNICOS E POLÍTICOS

"A Ota é a primeira grande questão política da legislatura, aquela em que talvez se decidam as próximas eleições legislativas. A distinção entre questões técnicas e decisões políticas está agora no auge das reflexões e dos debates em Portugal. A localização do novo aeroporto de Lisboa é o motivo para esse interesse. Estou agora a juntar-me ao grupo. Começo por afirmar, para que não se suscitem dúvidas, que para mim o papel dos técnicos na preparação das decisões políticas é essencial. Como poderia, aliás, pensar de outro modo se há mais de 30 anos sou um técnico do Direito, como advogado e jurisconsulto?Mas também quero clarificar que levo mais de 30 anos de trabalho profissional em áreas de muita interacção com a engenharia, em processos judiciais e em consultoria em assuntos de urbanismo ou de obras públicas ou privadas. E, por isso, posso afirmar que raras são as situações em que os "técnicos" podem dar aos "políticos" (ou aos advogados, diga-se de passagem...) uma resposta que liberte da responsabilidade de tomar decisões e de o fazer arriscando soluções criticáveis e até que se podem vir a revelar manifestamente erradas."
José Miguel Júdice, no Público, em 30.03.2007

sábado, 14 de abril de 2007

FREGUESIAS DA OTA E DA TRIANA SÃO CONTRA

O presidente de junta eleito pelo PS disse ainda que desde que os estudos foram divulgados «tem uma posição contra» a obra temendo sobretudo pelos impactos na vida dos habitantes e pelo período de obras que obrigará à movimentação de milhões de metros cúbicos de terras. Apesar da oposição à obra por parte do presidente da junta, os órgãos da freguesia optaram até agora por apenas abordar o tema nas reuniões não tomando outra posição formal sobre o futuro aeroporto de Lisboa. O mesmo já não aconteceu com a freguesia vizinha de Triana (PSD) onde se situa a aldeia mais próxima dos terrenos - Camarnal e a que possui mais território reservado ao aeroporto. A Assembleia de Freguesia de Triana aprovou no ano passado uma moção onde rejeita a instalação do novo aeroporto alegando que a infra-estrutura vai ter impactes negativos naquele território. Os autarcas afirmam que irá provocar um aumento do tráfego rodoviário e ferroviário que consideram que afectará «negativamente a qualidade do ar». «A isto se junta ainda o facto de muitos jovens naturais da nossa freguesia terem abandonado o concelho, em função das medidas preventivas que não lhes permitiu a construção da sua primeira habitação», concluem. No interior da vila de Alenquer e com uma área rural mais afastada, a freguesia de Santo Estêvão optou por não se pronunciar. Para o presidente da junta, José Cristóvão (PS), aquela autarquia «apenas verá os aviões a passar» esperando que não haja grandes transtornos para os cidadãos. Por seu lado, a freguesia do Carregado (PS), uma das mais populosas do concelho com 15 mil habitantes, já demonstrou a sua oposição ao projecto através de duas moções.

"TRABALHOS A MAIS"

O presidente da junta de freguesia da Ota (Alenquer), uma das duas autarquias abrangidas pela área do futuro aeroporto (a outra é Triana) reclamou esta quinta-feira apoios estatais para a população que vai sofrer com os impactos da obra, escreve a Lusa. «Reclamamos coisas muito simples. Deveríamos ser apoiados na construção de um novo jardim-de-infância porque o actual funciona há 20 anos em pré-fabricados, e necessitamos de verbas para melhoramentos nas escolas primárias», disse à Lusa Rui Branco, presidente da junta de freguesia da Ota (PS). Sentimos que todos falam na Ota e nos 1800 hectares de terreno do aeroporto mas além disso residem aqui mil pessoas que têm carências no seu dia-a-dia», frisou.

MAIS ARGUMENTOS

O especialista em transportes e urbanismo, Fernando Nunes da Silva, afirmou esta quinta-feira que a hipótese de uma solução transitória até à entrada em funcionamento do aeroporto da Ota é «mais um argumento contra a Ota», escreve a Lusa. «Uma solução na margem Sul é faseável, o que não acontece na Ota», afirmou Fernando Nunes da Silva, acrescentando que, caso o novo aeroporto seja localizado na margem Sul do Tejo, pode optar-se por construir primeiro uma pista e só depois a outra, o que o torna «compatível» com o aeroporto da Portela. O ministro das Obras Públicas, Mário Lino admitiu, na quarta- feira, que o esgotamento da Portela antes da conclusão do novo aeroporto da Ota, prevista para 2017, é um cenário provável, que pode obrigar o Governo a avançar com soluções transitórias.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

AGRADECIMENTOS

Chegou o momento de pôr a escrita em dia e registar e agradecer as saudações, os registos de nascimento e os links que este blogue mereceu da parte de vários e bons amigos e blogues. É o caso do João Carvalho Fernandes, do António Torres, do André Azevedo Alves, do Tomás Vasques, da Margarida Pardal, do Rui Costa Pinto, do Golfinho, do Pedro Santos Cardoso, do Manuel Azinhal, do Mário Almeida, do Bekx, do Nikonman, Siegfried Albert Kraus , à Isabel Goulão, do Francisco Nunes e dos amigos do Império Lusitano. Se falta alguém apresento as minha santecipadas desculpas, mas endosso a responsabilidade inteirinha para o célebre Technorati. Oxalá este blogue continue a merecer a vossa expectativa, as vossas palavras e os vossas ligações.

SONDAGENS EM BLOGUES

Sobre a Ota. Além da que está a correr neste blogue, no fundo da página, também estão a correr outras duas. Aqui e aqui.

E TODAVIA, ELA CRESCE, CRESCE

A ANA está a demolir a torre de radar junto à segunda circular no âmbito do plano de expansão do aeroporto de Lisboa. No espaço ocupado pela torre de radar, que já estava desactivada, vai ser construído o terminal dois e várias vias de acesso. O plano de expansão do aeroporto de Lisboa, apresentado em Novembro de 2006, vai decorrer até 2010 e envolve um investimento de 380 milhões de euros.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

HIDROAVIÕES

(Em breve num aluvião perto de si)

Luís Filipe Menezes, esteve a visitar os terrenos do futuro aeroporto, defendendo novos estudos técnicos, face às dúvidas existentes, ultrapassando a posição do presidente do seu partido.Na sua deslocação a Alenquer, Luís Filipe Menezes ironizou, ao afirmar que nos terrenos “poderá ser instalado um aeródromo, para os hidroaviões”, já que o local possui muita água.

VAMOS LÁ, RECONHEÇA

O Primeiro-Ministro lembrou na RTP que "há 30 anos que se discute e se fazem estudos sobre a localização do novo aeroporto" e que "foi tomada uma decisão, mantida pelos governos que se sucederam e que se fundou nos melhores estudos, agora confirmada por este governo". Se estes são os melhores é porque há os piores ou aqueles que o Governo acha que são os piores. Teria José Sócrates no sub-consciente o estudo refrido duas entradas abaixo e que omite sempre que fala de studos, apenas porque não lhe convém lembrá-lo?

CORRIGÍVEIS

O ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações afirmou ontem na AR que não lhe foi apresentado qualquer estudo que diga que a localização do novo aeroporto de Lisboa na Ota não é “uma opção viável”. A questão está mal posta. Os aeroportos são viáveis em quase todo o lado, com o nível tecnológico que atingimos nos nossos dias. O problema é saber primeiro se é aconselhável e depois saber se não ficamos melhor servidos noutro lado. Assim é que é.

INCORRIGÍVEIS

Quem? Mário Lino e José Sócrates. Ontem, o primeiro no Parlamento e o segundo na entrevista que deu à RTP afirmaram não haver mais estudos que não os que apontam para a Ota como localização preferencial para um novo aeroporto. Não é verdade. Existe um outro estudo (NAV) realizado no princípio da década de 90 que sustenta como melhor opção para o novo aeroporto de Lisboa o Montijo. A política não pode prescindir da verdade dos factos sob pena de não ter qualquer sustentabilidade.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

NÃO DISSE QUE NÃO HÁ

O ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino, afirmou hoje que não lhe foi apresentado qualquer estudo que diga que a localização do novo aeroporto de Lisboa na OTA não é «uma opção viável». Mário Lino, que falava perante a comissão parlamentar de Obras Públicas Transportes e Comunicações, disse que até à data de hoje não lhe foi apresentado «nenhum estudo que diga que há um sítio melhor do que a OTA» e que a localização do novo aeroporto de Lisboa na OTA «não é uma opção viável».
Fonte: Sol

CONTINUAR COM A PORTELA

"Antes de discordar da OTA (por razões já tantas vezes denunciadas nos media), discordo da destruição da Portela.Nada justifica o sacrifício de um belo aeroporto, cuja modernização custou milhões e que está idealmente sedeado, para a cidade e para os utilizadores. É essa a opinião, que acompanho, dos antigos presidentes da Câmara de Lisboa João Soares e Pedro Santana Lopes… Aceitar como natural a sua perda – irreparável – é característico de governos obcecados por projectos megalómanos, aos quais tudo sacrificam, pagando-os, é óbvio, com os impostos de gente pobre ou empobrecida pelo “assalto fiscal”, que vai em crescendo. O contrário aconteceu em França, no Reino Unido, nos EUA, por exemplo: o “Charles de Gaulle”, que periodicamente inaugura mais um terminal, não precisou de arrasar Orly, nem Gatwick de eliminar Heathrow, ou New York o velho “J.F. Kennedy” A maioria das grandes cidades procura dispor de um aeroporto de proximidade:La Guardia, Orly, “London City”, Toronto, São Paulo, Montreal (onde o longínquo “Mirabel” desapareceu do mapa...) e outras mostram-nos aeroportos principais dentro da cidade: Chicago (o maior do mundo?) ou Newark (um dos meus favoritos).A nossa capital, que está neste grupo selecto, não pode deitar a perder o trunfo da excepcional situação da Portela. Se for preciso há que encontrar um complemento, que seja ao lado, seja mais longe e escolher a dimensão adequada – pequena? Média? A expandir por fases?"
Aeroportos, no plural, por Manuela Aguiar, em O Primeiro de Janeiro.

CHIU

Jaime Gama pede um parecer a uma Comissão Parlamentar sobre se a AR deve ou não encomendar um parecer sobre a Ota. A Comissão, sob a maioria PS, nem aceita sequer discutir o assunto. Inédito: o Presidente da Assembleia da República desautorizado pelo seu próprio partido, por uma Comissão Parlamentar e por uma maioria absoluta autista. O que vai fazer Jaime Gama? Ou fica-se?

SOCIALISTAS QUE CONVÉM LEMBRAR

João Soares irredutível contra aeroporto da Ota
João Soares em defesa da sua dama: «A Portela pode chegar aos 30 milhões de passageiros»

O Presidente da Câmara de Lisboa, João Soares, continua a apostar numa calendarização das grandes obras públicas nacionais que atire o novo aeroporto internacional da Ota para as «calendas», dando tempo à expansão do aeroporto da Portela, na capital, e acabando por retirar razão de ser ao novo equipamento. Enquanto vai afirmando publicamente que «o ministro Jorge Coelho é um homem aberto», o autarca parece estar a concentrar a sua estratégia na tentativa de revisão das prioridades do Ministério do Equipamento, convencido como está de que o actual titular da pasta será mais permeável do que o seu antecessor, João Cravinho, aos argumentos a favor do adiamento da Ota.

«Não mudei uma vírgula à minha posição: acho um disparate arrancar com aquela obra agora», disse Soares ao EXPRESSO, já depois da ida do ministro à Assembleia da República para defender o projecto. O autarca considera que «todos os dados novos que apareceram, os tais relatórios que estavam na gaveta, vieram dar-me razão: a Portela tem todas as condições para chegar aos 30 ou 35 milhões de passageiros».

Soares refuta os rumores de que estaria a flexibilizar a sua oposição à transferência do aeroporto: «Pelo contrário, os que defendem a Ota é que mudaram; antes diziam que a Portela não aguentava mais passageiros, agora dizem que a Portela aguenta mas os acessos é que não».

O «ovo de Colombo» anunciado pelo ministro aos deputados - o «check-in» avançado na Gare do Oriente - é considerado inviável pelo autarca. Segundo afirma, as carreiras TGV nunca poderão ter a frequência necessária para servir o aeroporto, enquanto outro comboio para esse fim «não é possível, a Gare do Oriente não aguenta».

O presidente da Câmara de Lisboa defende a extensão do metropolitano até à Portela e a criação de «novos tipos» de transportes para resolver o problema dos acessos. E sustenta que «os acessos previstos à Ota são, de qualquer forma, sempre piores do que a Portela com metro». Quanto à sua posição no caso de Jorge Coelho persistir no projecto, limita-se a afirmar: «Ele tem as suas competências e eu tenho as minhas. Mas não digo que vou passar à luta armada...»

«Lobby» do Norte também se opõe

Também no Norte, o recém-criado Fórum para o Desenvolvimento e Modernização permitiu ao presidente da Câmara do Porto, Nuno Cardoso, apresentar «uma frente comum» contra o aeroporto da Ota e a favor de «um melhor aproveitamento dos dinheiros públicos» na construção de uma linha de TGV Lisboa-Porto-Corunha.

As críticas ao projecto de Jorge Coelho convergem com algumas das razões de João Soares e recuperam argumentos já usados contra João Cravinho: faltam estudos que justifiquem o investimento, a Portela tem capacidade para 30 milhões de passageiros e é urgente não comprometer, com a concorrência da Ota, o potencial de desenvolvimento do aeroporto Sá Carneiro, no Porto.

O principal trunfo do Fórum é a concertação de posições da autarquia portuense, das universidades do Porto, Católica e Portucalense, das associações Empresarial de Portugal, de Jovens Empresários e de Comerciantes do Porto, da Associação Comercial e da União dos Industriais de Hotelaria do Norte. O Fórum deu tanta importância à polémica aeroportuária que lhe dedicou a sua primeira reunião, adiando a questão do metropolitano do Porto.

O suporte institucional alargado coloca Nuno Cardoso numa posição mais confortável para enfrentar os seus correligionários do PS/Porto. Narciso Miranda, que acumula o cargo de secretário de Estado no ministério de Jorge Coelho com a presidência da distrital socialista, defende a Ota e diz que, depois de garantido «um grande aeroporto internacional para o Porto em 2003, as críticas ao projecto reflectem um discurso redutor».

FREDERICO CARVALHO e MARGARIDA CARDOSO
in Expresso, 15.01.2000
Cortesia de Tomás Vasques.


terça-feira, 10 de abril de 2007

CÁ ESTÁ!

A NAER, a própria NAER esclarece que a decisão de construir o novo aeroporto e a decisão da escolha de sua localização, é política.

JÁ CHEGOU DINHEIRO DE BRUXELAS PARA A OTA

Aqui.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

NÃO FUI SÓ EU QUE REPAREI

O socialista civilizado Tomás Vasques também reparou.

CUNHA AO PROF. VITAL

"A localização do novo aeroporto de Lisboa movimenta compreensivelmente poderosos grupos de interesse, e só isso pode justificar a súbita campanha contra a Ota. Mas o principal interessado numa localização a sul do Tejo é naturalmente a Lusoponte, concessionária das pontes sobre o Tejo."
Sabendo-se que qualquer que seja o local escolhido para o novo aeroporto haverá interesses beneficiados e interesses prejudicados, sabendo-se que o Prof. Vital já identificou o principal interessado na localização a sul, poderá o Prof. Vital informar-nos quem será o principal interessado na escolha da Ota?

O DINHEIRINHO, SEMPRE O DINHEIRINHO

" (...) a Ota não é aceite pela Oposição, por mais ténue que ela seja, o que leva a perguntar se estas opções de fundo, não devidamente explicadas ao país e cozinhadas nos gabinetes ministeriais e nos almoços de empresários e beneficiários principais (há muito dinheiro a gastar neste plano, e muito dinheiro a arrecadar pelo partido), foram devidamente pensads em todas as consequências políticas, económicas sociais e ambientais."
Clara Ferreira Alves, Única, 17.03.2007

CAMARA DO CARTAXO ESTÁ CHEIA DE PRESSA

Câmara do Cartaxo quer mobilizar região na defesa da Ota
A Câmara do Cartaxo reuniu de forma extraordinária para manifestar a sua posição unânime a favor da construção do novo aeroporto da Ota, infra-estrutura considerada fundamental para o desenvolvimento do país e da região. O objectivo da Câmara do Cartaxo passa por promover uma grande mobilização sobre esta obra pública com os concelhos vizinhos do Vale do Tejo e do Oeste, bem como entre entidades e instituições que defendam e valorizem o aeroporto da Ota. “Uma solução que mereceu, ao longo dos últimos anos, o apoio de governos do PDS/CDS e do PS e que é a melhor solução para o país e para a região”, refere-se no documento aprovado. Alerta a autarquia cartaxense em comunicado que tendo em conta que os estudos e alternativas de carácter específico estão elaborados, que os financiamentos comunitários estão assegurados e o financiamento e esforço público da Administração Central também já está aquilatado, “não há mais tempo para jogos de interesses e de palavras”. Ora aqui está uma novidade: está, afinal, tudo pronto. Será a Camara Municipal do Cartaxo deste mundo? Já quanto à lembrança da responsabilidade do PSD e do CDS, acertou a Camara.

domingo, 8 de abril de 2007

02 DE DEZEMBRO DE 2005


Eu vi no Ave do Arremedo.

FINAS IRONIAS

Adversários da Ota, percam as ilusões!, por Tavares Moreira no 4R.

É ESTE O LOCAL


Para sabermos de que sítio estamos a falar quando falamos do aeroporto na Ota. A foto é da ALAMBI.

SOCIALISMOS ESTRANHOS

"Face à natureza da actividade da empresa referida, essencialmente de planeamento e de coordenação de estudos e projectos, reputa-se apropriado que essa empresa seja de capitais exclusivamente públicos".
Preâmbulo do Decreto-Lei 109/98, de 24 de Abril, que cria e aprova os Estatutos da NAER (Novo Aeroporto, S. A.)
Gostava que me explicassem por que razão é que uma empresa que tem por natureza a coordenação de estudos e projectos deve ser de capitais exclusivamente públicos. Exclusivamente, nem sequer maioritariamente! Uma empresa que não seja de capitais exclusivamente públicos não poderá coordenar a realização de estudos e projectos?

COLABORAÇÕES

O Ota Não está aberto a colaborações externas. Quem quiser contribuir é favor enviar os seus textos para o endereço de email do blogue, otanao@sapo.pt. Para além, claro está da hipótese dos comentários, sempre em aberto dentro dos limites definidos no Estatuto Editorial. Iniciamos hoje a publicação destas colaborações, com um contributo do meu amigo Sandro Neves.

AEROPORTO POLÍTICO

No passado dia 25 de Março do presente ano fiquei indignado quando soube que o tão conceituado programa “Prós e Contras” de Fátima Campos Ferreira iria discutir no dia seguinte a questão da construção da OTA sob o ponto de vista técnico. Tornou-se para mim óbvio que não interessava de forma alguma convidar actore(s) político(s) simplesmente porque teriam que convidar, naturalmente, a Nova Democracia. Dirigi por essa razão um telegrama à apresentadora do programa (reproduzido mais abaixo). A justificação era oca: a construção da OTA tratava-se de uma questão essencialmente técnica!!!

Então a construção do aeroporto é uma questão técnica? Se o fosse jamais seria construído naquela localização! E não será a técnica que deve estar ao serviço da política e não a política ao serviço da técnica? A resposta é simples e qualquer português com senso percebe que algo de muito grave existe para que se insista em construir aquela aberração. Como já tinha referido aqui neste Blog, tenho fé que a cegueira do Primeiro-ministro e a cumplicidade do Presidente da República não cheguem a bom (aero)porto!

Sandro Neves
Membro da Direcção Nacional da Nova Democracia

Telegrama dirigido a Fátima Campos Ferreira a propósito do debate técnico sobre a OTA:
Exma. Senhora
Dr.ª Fátima Campos Ferreira,

Chamo-me Sandro Neves e sou membro da Direcção do Partido da Nova Democracia. Escrevo a V. Exa. no sentido de manifestar o meu profundo desagrado pelo facto de nenhum dirigente da Nova Democracia ter sido convidado para estar presente no programa “Prós e Contras” de amanhã, dia 26.
A Nova Democracia foi o único e primeiro partido político que em tempo útil colocou em causa o projecto da OTA através da entrega na Assembleia da República de uma petição com mais de 4500 assinaturas apelando à não construção do Aeroporto. Foi também através desta petição que o plenário da AR voltou a discutir esta matéria. Todos estes factos estão registados quer na AR, quer na Comunicação Social.
A falta de um convite a um membro da Direcção Nacional da Nova Democracia demonstra por si só a falta de isenção e rigor jornalístico do programa de V. Exa. Esta falta de rigor contrasta com a imagem de defesa do pluralismo que V. Exa. tanto reivindica.
A RTP sendo uma estação pública comporta-se como um canal privativo de alguns.
Bem sei que a falta de isenção de quem produz o “Prós e Contras” jamais lhe permitirá fazer referência a este meu protesto, mas ainda assim aqui fica o seu registo.

Melhores Cumprimentos,
Sandro Neves
Gabinete de Informação e Opinião Pública
Relações Institucionais

O ADMIRÁVEL MUNDO DA OTA

"A possibilidade de ver surgir mais um “elefante branco” obriga-nos a lembrar duas coisas. Primeiro, os decisores políticos sairão sempre beneficiados com uma obra desta dimensão, sendo que não é seguro que sobre ela venham a prestar contas. Os benefícios têm lugar no curto prazo, a avaliação global só é possível a médio prazo. Não é por acaso que ‘accountability’ é dificil de aportuguesar (e recorde-se como a governação, em Portugal, parece ser cada vez mais um mero trampolim para voos mais desejados). Segundo, existe uma incerteza grande quanto aos benefícios do projecto. Quer a procura da gratificação imediata, quer o excesso de optimismo, incentivam o decisor político a ser favorável a projectos que deveriam ser chumbados."
Tiago Mendes, num artigo imprescindível, no Diário Económico.

MAIORIA CONTRA

A maioria dos portugueses considera que Lisboa não precisa de um novo aeroporto, segundo uma sondagem Renascença/SIC/Expresso. De acordo com o estudo realizado pela Eurosondagem, 51% dos inquiridos dizem que a zona da capital não necessita de uma nova infra-estrutura aeroportuária.Pelo contrário, 39% dizem que Lisboa precisa de um novo aeroporto para substituir a Portela. Já quanto à localização do novo aeroporto, apenas 17% dizem que a "Ota é a melhor localização", enquanto que 74% defendem que “devem ser estudadas outras hipóteses”. Quanto à situação macroeconómica do pais, 59% da amostra dizem que a redução do défice em 2006, para 3,9%, se deve a "uma boa política orçamental", 30% consideram que essa baixa só foi feita à custa de truques de engenharia financeira e a maioria defende que os reflexos dessa redução não serão perceptíveis por parte dos contribuintes.
Ficha Técnica
O estudo da Eurosondagem para o Expresso, SIC e Rádio Renascença foi reazizado entre 28 de Março a 2 de Abril de 2007, com base em 1022 entrevistas telefónicas validadas, a maiores de 18 anos residentes no Continente.O erro máximo da amostra é de 3,07%, para um grau de probabilidade de 95%.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

SONDAGEM

Um entretém para aferir sensibilidades. Ao fundo do blogue encontra o leitor uma sondagem, cuja pergunta é "O Governo esconde alguma coisa sobre a Ota?". É votar se fizerem o favor.

UM VÔO SEM SENTIDO

Aeroporto da Ota, Um Vôo Sem Sentido, por Rui Filipe Rodrigues.

ELEMENTAR, MEU CARO

"Se depois da Ota vem outro novo aeroporto, então faça-se já esse outro", Pedro Braz Teixeira, no Público de 05.04.2007.

A OTA É UM PROBLEMA POLÍTICO

Está na moda considerar que a construção de um aeroporto na Ota é um problema técnico e não um problema político. Será um problema técnico, mas é antes de tudo um problema político. Não é inocente a moda. A intenção é óbvia: se a construção do aeroporto é um problema técnico e não político, então ele deve ser discutido apenas técnicos, os engenheiros. E se assim é, quem decide a sua construção e escolhe o local não é responsabilizável pela decisão que vier a tomar. A moda, numa palavra, convém ao Governo.Lamento, mas não me parece que a decisão de construir o aeroporto e na Ota seja uma mera tecnocracia. Não. Por várias razões.Em primeiro lugar porque ela significa afectar uma gigantesca quantidade de recursos nacionais, que são especialmente parcos, e de forma irreversível. Ainda ontem ficámos a saber que a redução do défice fez-se à custa do aumento das receitas e não da diminuição das despesas. O socialismo no seu pior. O que quer dizer que o Governo falhou na reforma da despesa do Estado. Pelo contrário, descontrolou- ainda mais. Ora, nestas circunstâncias, é a Ota a solução mais em conta? Não haverá outras mais baratas? Há. Assim se divulguem todos os relatórios sem medo nem deturpação.Em segundo lugar, porque ao decidir afectar esses recursos isso significa que há outras coisas que não vão ser feitas. Não deixa de ser chocante que um país que não tem dinheiro para fazer a manutenção e as reparações nas suas pontes, que a segurança exige (lembram-se de Castelo de Paiva e dos relatórios que a seguir se fizeram sobre o assunto?), se disponha a gastar não se sabe bem quanto numa solução cara e dispendiosa.Em terceiro lugar, porque a escolha do local significa uma opção de desenvolvimento que beneficiará uns e prejudicará outros e deve ser discutida. É um debate político relevante o de saber se, no final, a localização beneficia ou prejudica o país. Se for na Ota, isso significa que mais uma vez o país desiste do Sul e acentua o desequilíbrio regional já visível. Se for em Rio Frio isso significa uma maior diversificação na ocupação do território, com aparentes benefícios do ponto de vista do equilíbrio do todo nacional. Um aeroporto destes é por si só uma nova centralidade. Atrairá economia e população. Ignorá-lo pode ser próprio de técnicos mas é um erro político.Por tudo isto o argumento do problema técnico é um logro. Se me dão licença os polícias da tecnocracia de serviço, eu gostava de ter uma palavra a dizer. Como qualquer cidadão.

(publicado na edição de 30.03.2007 do Diário de Aveiro)

UTILIDADES


A ALAMBI é uma Organização Não Governamental para o Ambiente de âmbito local, com actividade no concelho de Alenquer, fundada em Janeiro de 1999, inscrita no Registo Nacional de O.N.G.A. e na Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente. A ALAMBI integra o Conselho Cinegético e de Conservação da Fauna de Alenquer, e o Conselho Consultivo da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto em representação das ONGA. E tem acompanhado as matérias relacionadas com o impacte ambiental da instalação do Aeroporto de Lisboa na Ota.

ESTATUTO EDITORIAL

Este blogue é contra a construção do aeroporto da Ota. Este blogue é a favor da realização de um referendo sobre a construção do aeroporto da Ota. Este blogue quer que o Governo divulgue todos os estudos sobre a construção de um novo aeroporto, na Ota e nos outros lados. Todos os comentários são bem vindos, excpto os insultuosos, que serão eliminados.