quinta-feira, 31 de maio de 2007

NOTÍCIAS DA OTA NO PRAVDA

"Mas a barraca à volta do aeroporto da Ota tem outros protagonistas. O Dr. António Costa, Ex-Ministro da Administração Interna e notável do núcleo duro do actual governo, após o anúncio da sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, respondendo à pergunta se o aeroporto da Ota não iria prejudicar a capital do país, disse que não; pelo contrário, irá libertar os terrenos da Portela para a construção de uma grande urbanização… Depois não venham dizer que não há na questão do novo aeroporto grandes interesses imobiliários perfeitamente articulados. Dias depois, talvez por ter sido tão indiscreto, emendou de mão e declarou que em tais terrenos será desenvolvido um grande parque como o de Monsanto (!). "

quarta-feira, 30 de maio de 2007

segunda-feira, 28 de maio de 2007

BOA NOTÍCIA

Hoje, o ministro que defende a extinção de Portugal não disse nenhum disparate sobre o aeroporto da Ota. Mas já não é seguro que não o tenha feito.

domingo, 27 de maio de 2007

MAIS UM RELATÓRIO: MAIS UM PARA SANEAR

NAER pediu a peritos estrangeiros que verifiquem conclusões da NAV

O novo relatório, noticiado na edição de ontem do SOL, é taxativo: Ota não irá além dos 70 aviões/hora
O novo relatório da NAV – que o SOL noticiou na edição de ontem – tem duas páginas, é assinado pelo técnico Mário Neto (coordenador da equipa que estuda a navegação aérea na Ota) e foi endereçado na terça-feira passada à administração da NAER, a pedido desta. Tal como o SOL noticiou, este documento da NAV surge três meses depois de anteriores relatórios (um de Novembro e outro de Fevereiro) e reafirma duas conclusões: não é possível as duas pistas previstas para a Ota operarem de forma autónoma e o número de movimentos máximo é de 70 aviões/hora (30 nas descolagens e 40 nas aterragens). A importância destes estudos tem a ver com o seguinte facto: cabe à NAV estudar a localização do novo aeroporto da Ota em termos de capacidade de tráfego e de segurança aérea. A resposta desta semana da NAV surgiu na sequência de um pedido da NAER muito específico: pretendia saber se as circunstâncias e as restrições relatadas anteriormente se tinham alterado. E a resposta foi negativa: nada se tinha modificado. Os condicionalismos geográficos da Ota assim o impõem e esta é uma posição definitiva da NAV. De tal forma, que a empresa está já a testar os seus trabalhos do ponto de vista da segurança (o que é tecnicamente designado como «safety assessement»). Segundo o SOL apurou, entretanto, a NAER encomendou à consultora Parsons uma análise e verificação do trabalho da NAV, estando já destacados peritos para esse efeito. O objectivo é ver se há soluções técnicas que a NAV não tenha explorado e resolver o problema de forma a alcançar o mínimo anunciado pelo Governo de 80 aviões/hora na Ota.

NAER e NAV reagem

Ontem, as administrações da NAER (empresa do novo aeroporto) e da NAV (empresa gestora do tráfego aéreo) emitiram um comunicado em que desmentiram «a existência de qualquer novo relatório aprovado pela NAV com conclusões sobre os trabalhos, em curso, relativos à navegação aérea no Novo Aeroporto de Lisboa na Ota». E adiantaram que as duas empresas «continuam a trabalhar no sentido de garantir as condições necessárias à operação do Novo Aeroporto». O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, veio entretanto afirmar que, se se confirmassem as conclusões da NAV, seria pedida a intervenção de peritos estrangeiros, se necessário, até que a Ota fosse viabilizada.
Fonte: Sol

sábado, 26 de maio de 2007

SANEARAM OS HOMENS MAS NAV INSISTE

Um novo estudo da NAV (Navegação Aérea de Portugal), empresa gestora de tráfego, chumbou pela segunda vez o novo aeroporto na Ota. De acordo com o semanário «Sol», o novo relatório confirma que a Ota não tem hipóteses de expansão e que a capacidade não excederá os 70 aviões por hora, abaixo dos 80 considerados mínimos. A empresa do novo aeroporto, NAER, tinha pedido à NAV o ponto da situação sobre a Ota. A resposta dos técnicos é inequívoca: o novo espaço permitirá, no máximo, 30 descolagens e 40 aterragens por hora. Entretanto, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, vai entregar ao primeiro ministro o estudo que encomendou, financiado por um grupo anónimo de 30 empresários, e que contempla dois locais na Margem Sul. A construção estaria concluída em sete anos, menos três do que a Ota.
Fonte: Portugal Diário

DESFOCAGEM

Marques Mendes descobriu que é preciso haver consenso sobre a construção do novo aeroporto. A mim não me preocupa nada a falta de consenso. Há coisas boas que nunca geraram consenso e que s efizeram e bem. O aeroporto não deve fazer na Ota não porque não seja consensual, mas porque é um erro.

MENDO CASTRO HENRIQUES ESCREVE A MÁRIO LINO

Um dos autores de O Erro da Ota não gostou de ver o ministro das Obras Públicas glosar com o conteúdo da obra e, numa carta a Mário Lino a que o DN teve acesso, acusa-o: "A democracia, para si, sr. ministro, é um cheque em branco passado de quatro em quatro anos, não tanto a um Governo, mas a um partido político que selecciona esse Governo".
Mendo Castro Henriques, professor da Universidade Católica e um dos autores da obra (e co-apresentador, com Carmona Rodrigues, na semana passada), não gostou que, na mesma conferência em que Mário Lino se referiu ao "deserto" da Margem Sul, o ministro se referisse assim aos especialistas: "O programa do Governo não será avaliado por 22 senhores que escrevem livros, mas pelos eleitores em 2009". Castro Henriques diz não querer acreditar que Lino "despreza os autores de livros, nem a cultura em geral, nem a cultura técnica e profissional que resulta do citado livro, escrito por especialistas independentes e isentos com a consciência cívica de estarem a prestar um serviço ao país". E deixa a acusação: "Poderá V. Exª saber que o famoso poeta alemão Heinrich Heine escreveu em 1821 que '0nde queimam livros, acabam por queimar pessoas'."O porta-voz do grupo de 22 autores adianta estranhar "tanta preocupação sua, técnica e politica, e tantos dossiers a gerir, encontre tempo para desqualificar quem com 'honesto estudo' vem concluir em voz alta o mesmo que indicam as sondagens de Abril e Maio de 2007, segundo as quais cerca de 92 a 93% da população nacional, ponderando os votos, está contra a localização na Ota do novo Aeroporto de Lisboa".
Perigo de submersão
O Aeroporto da Ota está projectado para uma das zonas que podem ficar submersas em caso de sismo de grande intensidade com epicentro na Área Metropolitana de Lisboa, declarou ontem a especialista da Protecção Civil Maria Anderson.O estudo sobre "Cenários Prováveis" foi elaborado em 1997 e serviu de base para a elaboração dos cenários de emergência apresentados ontem no decorrer de um seminário em Queluz. Maria Anderson, engenheira responsável pela análise de riscos da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), afirmou que além da zona da Ota também a baixa de Lisboa, a zona entre Seixal e Costa de Caparica e a parte baixa de Loures e Santo António dos Cavaleiros seriam áreas muito afectadas por um sismo com aquelas características.
Fonte: Diário de Notícias

SISMOTA

Afundanços, por João Carvalho Fernandes, no Fumaças.

CAVACOTA

Que tristeza, no Tomar Partido.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

O MINISTRO INTOCÁVEL

No Tomar Partido.

MEMÓRIA CURTA OU MEMÓRIA DESERTIFICADA?

"Ainda sou do tempo em que se defendia a Ota com base no argumento de que poderia cair um avião em cima dos hospitais, das escolas e dos hoteis da cidade de Lisboa. Agora defende-se a Ota com o rgumento de que em Rio Frio não existem hospitais, escolas e hoteis em cima dos quais os aviões possam cair."

João Miranda, no Blasfémias.

PASSA-ME CADA COISA...

E que tal se se formasse uma associação pró-construção de um aeroporto na margem sul para acabar com o deserto?

quinta-feira, 24 de maio de 2007

A OTA PROVOCA O DELÍRIO

(Fonte)



Parece que o far chegou ao Oeste português. O Presidente da Camara Municipal de Peniche, que é comunista, estando por isso consideravelmente atrasado em relação ao camarada iberista Mário Lino que já vai no PS, parece que tenciona dar trabalho aos advogados portugueses e processar todos aqueles que desconfiam, duvidam e se opõem à construção do aeroporto da Ota. Eis todo um tratado de equilíbrio e bom senso. Com tanto afã processual o homem ainda acaba em adjunto da Directora Regional de Educação do Norte. Já agora, poderia o autarca enunciar quais as regiões que no seu preclaro entendimento terão personalidade judiciária para demandar os perigosos reaccionários que são contra a Ota? É que parece que não há regiões em Portugal. Ou será que afinal o deserto verdadeiro não é o da margem sul, mas sim o deserto da razão?

ARTIFÍCIOS

Afinal parece que já não é a construção de um aeroporto na margem sul que é artificial. O que é artificial é a polémica acerca da construção de um aeroporto na margem sul.

POESIA POPULAR

Por João Caetano Dias, no Blasfémias. A não perder.

O DESESPERO

Na Grande Loja do Queijo Limiano.

OS TERRORISTAS PREFEREM A OTA

Para Almeida Santos um aeroporto na margem sul era perigoso porque os terroristas podiam cortar o país em dois. Invocar Bin Laden para defender a Ota não me parece lá muito boa ideia para a defesa da causa...

ABANANADOS

"Prefiro rever a bela prestação do ministro Mário Lino na Ordem dos Economistas, dado que aquela do não há gente, escolas, hospitais, comércio, onde não há indústria nem hotéis, com cancerígenos ataques aos pulmões, falta de um braço e de uma perna, foi outro dos habituais exageros do ex-bloguista em figura humana, que teve o condão de nos despertar uma dessas saudáveis gargalhadas, à imagem e semelhança da que deveria findar com o episódio Charrua. Com ministros destes, não há, felizmente, bananas que coincidam com sacanas. Nesta terra da boa gente que ainda resta, até eu sou capaz de apoiar o partido da Ota, se me continuarem a convencer com risadas e argumentos racionais e a não confundirem a opção com tiradas iberistas. "
José Adelino Maltez, em Sobre o Tempo que Passa

PUM, PUM, PUM

A Ota e a Dinamite, por João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos.

HOJE 'SEMOS' MUITOS, AMANHÃ NÃO SEREMOS MILHÕES

Os Milhões, por João Carvalho Fernandes, no Fumaças.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

DIZEM QUE NÃO É UMA ESPÉCIE DE MINISTRO, É-O MESMO!


A margem sul, segundo um engenheiro inscrito na respectiva Ordem.

DESTA VEZ TEM RAZÃO


O ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, criticou hoje a opção de construir o novo aeroporto na Ota, que considerou «um erro» e atribuiu a uma «teimosia do Governo baseada numa pressa que está por explicar»

Numa intervenção durante a apresentação do livro «O Erro da Ota e o Futuro de Portugal», que reúne depoimentos de 22 personalidades de vários sectores da política e da sociedade civil, no Palácio Municipal das Galveias, Carmona Rodrigues elencou argumentos como a localização, os custos, o financiamento e as questões ambientais para concluir que «a Ota é um erro».
O ex-autarca começou por criticar o anúncio da decisão do Governo de José Sócrates de construir o futuro aeroporto na Ota, dias antes da sua tomada de posse como presidente da Câmara de Lisboa, em Outubro de 2005, «sem ter sido auscultada a autarquia nem a Junta Metropolitana de Lisboa».

«Hoje, dados os avanços entretanto conhecidos deste Governo, com um sentido fortíssimo de centralização e aniquilação das vontades das autarquias, já não estranho isso», afirmou.
Na opinião do ex-presidente da autarquia da capital, a decisão, que considera «má para a Lisboa e para o país», não está «suficientemente nem justificada aos olhos de todos».

«Não podemos embarcar em aventuras que se tornam desnecessárias, supérfluas ou exageradamente caras. Há espaço e tempo para reflectir. A pressa sempre foi má conselheira», sustentou.

Carmona sublinhou que o novo aeroporto ficará situado a cerca de 50 quilómetros da capital, «fora da Área Metropolitana de Lisboa», uma situação com «muitos efeitos negativos», por colocar a capital numa situação «ainda mais periférica e excêntrica» em relação ao centro da Europa a 27. «Se tornarmos Lisboa mais distante, mais inacessível, estamos a perder competitividade», referiu. Sobre a localização, Carmona Rodrigues questionou «porque é que um sítio tão mau está a ser insistentemente referido?», adiantando que os 50 milhões de metros cúbicos necessários para realizar um aterro na Ota implicarão a passagem de camiões de 20 toneladas de areia «de dez em dez segundos durante três anos», além de implicar a construção de 2.000 quilómetros de estacas, uma distância superior à que separa Lisboa de Barcelona, exemplificou.

«É uma obra faraónica, cara e complicada do ponto de vista da execução», disse, frisando que estão em causa dinheiros públicos e os cidadãos «têm o dever de responsabilizar o Estado pela sua utilização».

«É preciso saber se é necessário vender os anéis, como a ANA, entidade que gere os aeroportos, e até a TAP. A questão da competitividade com Espanha não se coloca se a ANA for comprada por espanhóis? E a TAP, a grande embaixadora? Seria TAP/Air Spain?», questionou. O ex-presidente encomendou um estudo sobre as vantagens e desvantagens da Ota e das alternativas àquele projecto, que está a ser coordenado pelo especialista em transportes José Manuel Viegas, e deverá ser conhecido em Junho, revelou Carmona Rodrigues à Lusa.
Fonte: Sol

terça-feira, 22 de maio de 2007

DESTA VEZ NÃO FAZ MAL

O ministro de Portugal que acha que Portugal não devia existir, mas sim ser uma província da Espanha, Mário Lino, parece que está preocupado porque a construção do aeroporto da ota está atrasada. Ora aí está um atraso do estado que desta vez não só não faz mal a ninguém, como até faz bem.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

55% CONTRA PRIORIDADE À OTA

Para mais de metade dos participantes na mesma sondagem a construção de uma nova aerogare não deve fazer parte das prioridades de investimento público. Só 27% concordam com a estratégia seguida pelo Governo, enquanto 55% a contestam abertamente.

PORTUGUESES QUEREM MAIS ESTUDOS

É aconselhável a realização de mais estudos acerca da localização do novo aeroporto internacional de Lisboa, susceptíveis de fundamentar uma decisão definitiva. É esta a principal conclusão da sondagem efectuada pela Universidade Católica para o JN, a RTP e a Antena 1.

domingo, 20 de maio de 2007

E A NOSSA CONTINUA

"O GOVERNO ESCONDE ALGUMA COISA SOBRE A OTA?". É votar no fim da página. Como podem ver nos respectivos resultados até agora a resposta não deixa margem para dúvidas.

SONDAGEM "O INSURGENTE"

sábado, 19 de maio de 2007

PANTOMINICE

"Ouvi com alguma atenção o dr. António Costa na TVI. Ainda não sabia que as eleições intercalares de Lisboa tinham sido suspensas. Costa irritou-se fortemente quando questionado sobre a Ota. Falou no "aproveitamento" dos terrenos da Portela , dando como assente a terraplanagem da zona. É bom que os lisboetas retenham isto. António Costa, o candidato do PS, do governo e do sr. eng.º da Ordem dos Engenheiros, Mário Lino, é favorável à Ota. Depois, percebeu que se tinha excedido e ainda esgrimiu com a "hipótese" da Margem Sul. Mentira. Ele sabe que nós sabemos qual é a sua opção. Afinal, ainda há menos de vinte e quatro horas, Costa era o "número dois" de Sócrates e, consequentemente, um "superior" de Lino. Costa e todo o "paredão partidário" averbaram uma primeira derrota com a dilação do sufrágio lisboeta graças a um pequeno partido, "o Partido da Terra". Esta eleição é um momento precioso para, pelo menos os cidadãos de Lisboa, manifestarem o seu desprezo por esta golpada gorada de que Adelaide Rocha - a delegada do PS no governo civil - foi mero instrumento. Para este efeito, não existe esquerda nem direita, muito menos a "esquerda de lapela" do dr. Costa. Venham, pois, os independentes."
João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

JÁ CÁ FALTAVA!

Mário Lino considera que António Costa na presidência da Câmara de Lisboa é "fundamental" para o desenvolvimento de Lisboa e do País. à margem da apresentação do Livro "Álvaro Cunhal e a Dissidência da Terceira Via", de Raimundo Narciso, Mário Lino disse apoiar o candidato do PS, António Costa, nas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa. O ministro, que fez a apresentação do livro, salientou que "Lisboa tem muito a ganhar com António Costa na presidência" e que esta candidatura "traduz a importância que o PS atribui à Câmara e o reconhecimento do estado caótico em que esta se encontra". Subitamente transportado às suas origens políticas o ministro iberista decidiu meter a colherada em Lisboa. Há que traduzir do castelhano político em que Mário Lino fala. O que ele quis dizer é que a Ota tem muito a ganhar com António Costa na CML.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

O TITANIC

(Rui Moreira)

A construção do novo aeroporto na Ota é um erro porque "não está provado que seja necessário, é um enorme esforço que pode não ter justa recompensa e não se esgotaram as alternativas", argumentou Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, onde foi feita, esta quarta-feira, a apresentação do livro. Moreira, que escreve um dos 22 artigos da obra, acredita mesmo que a Ota pode vir a ser o "Titanic" de um Governo que "governa em função das sondagens". A localização do novo aeroporto de Lisboa foi "manifestamente uma decisão política", cujo processo envolveu a ocultação de alguns estudos com reservas face à Ota. Ler aqui.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

MAIS UMA FITA CORTADA

O Pedro Correia revela os resultados da sondagem do Corta-Fitas sobre a Ota. Ganhou o "Não".

terça-feira, 15 de maio de 2007

A PRESSA

"Sócrates, terá dado ordens à NAER, empresa que lidera o projecto do novo aeroporto da OTA, para acelerar o concurso de selecção do consórcio de construção e exploração do aeroporto.O primeiro-ministro teima assim na continuação deste “elefante branco”, mesmo quando a generalidade dos engenheiros, excepção feita àqueles engenheiros que são parte interessada no projecto, se mostram totalmente discordantes com o projecto.Os custos elevadíssimos de tal desvario irão como sempre recair sobre os esqueléticos e massacrados ombros dos portugueses.Perante um tão leviano desastre, será que o Presidente da Republica não tem nada dizer e vai continuar a olhar para o lado perante tamanha estupidez?No mínimo, exigia-se que Cavaco Silva chamasse a Belém o bastonário da ordem dos engenheiros, que numa postura cívica de louvar, vem manifestando a sua total discordância quanto à solução adoptada."
Ruy, no Classe Política

segunda-feira, 14 de maio de 2007

POBRETES MAS ALEGRETES

"A Polónia e a Ucrânia vão, como é sabido, acolher a fase final do Euro 2012. Uma organização a dois, apesar de Polónia e Ucrânia terem, em conjunto, mais de 85 milhões de habitantes e de ambos os países apresentarem taxas de crescimento económico acima dos 5%. Portugal tem 10 milhões de habitantes e uma economia estagnada e bloqueada pelo socialismo e pelo intervencionismo. Mas pelo menos temos muitos estádios novos. Prioridades nacionais: construir o mega-aeroporto da Ota e o TGV."

André Azevedo Alves, em O Insurgente.

sábado, 12 de maio de 2007

OTA E A PORTELA+1

AEROPORTO SECUNDÁRIO EM LISBOA

Uma das questões que têm sido abordadas na imprensa, na polémica da construção do novo aeroporto, diz respeito à possibilidade de se utilizar um aeroporto secundário que possa complementar a Portela. Para que não exista qualquer dúvida sobre este assunto, nada melhor que transcrever parte de um estudo da ANA-Aeroportos de 1994 que, surpreendentemente, a NAER (empresa que está a estudar este projecto) não publicou no seu site.
Ler o que interessa deste estudo aqui, na entrada de Gabriel Silva, no Blasfémias.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O GOVERNO MENTE SOBRE A OTA

O ministro que acha que Portugal devia ser uma província espanhola e que para desgraça nacional tem a pasta das obras públicas e dos transportes, voltou a dizer que não há estudos que defendam que o aeroporto não deve ser na Ota.

O Governo continua a mentir. Senão vejamos:

Em 1969, o Gabinete para o Novo Aeroporto de Lisboa (GNAL) considerou que "não existe qualquer hipótese de localização do Novo Aeroporto na margem direita do Tejo" (página 23 do Estudo de Localização do Novo Aeroporto, 1972, disponível no site da NAER). Ou seja, o local da Ota era pura e simplesmente eliminado.

Em 1970, a preferência pela região de Rio Frio era confirmada pela firma norte-americana System Analysis and Research Corporation (SARC) (página 26 do mesmo relatório).

À mesma conclusão chegou a firma Howards, Needles, Tamnen & Bergendoff (HNTB) (ibid).
Também a firma inglesa Software Science Ltd considerou que a zona de Rio Frio era a que melhor satisfazia os requisitos do espaço aéreo (página 30 do mesmo relatório).

Já em 1982, o consultor da ANA, a empresa norte-americana TAMS Consultants em consórcio com a firma portuguesa Profabril, elaborou uma short list dos locais possíveis (Ota, Porto Alto e Rio Frio), escolheu Rio Frio para a localização do NAL (página 0-12 do New Lisbon International Airport - Parte 1, constante no site da NAER) e considerou as localizações a sul do Tejo como muito melhores do que as da margem norte (página 5-10, Parte 2 do mesmo relatório).

Finalmente, em 1999, os ADP classificaram como melhor o local de Rio Frio (718 pontos versus 616 para a Ota) e concluíam que "... o nosso estudo de síntese põe à cabeça o sítio de Rio Frio..." (páginas 152 e 153 do Relatório para a Preparação da Escolha do Local, constante no site da NAER). Foram estes todos os estudos elaborados para a escolha da localização e que se encontram publicados no site da NAER.Seis entidades de reputação técnica inquestionável e de diferentes origens (Portugal, EUA, Reino Unido, França), de entre as melhores da engenharia aeronáutica, consideraram como melhor localização a região de Rio Frio, nunca a Ota, em 30 anos de estudos.

Chega Sr. Ministro ou é preciso mais?
(publicado no Democracia Liberal)

quinta-feira, 10 de maio de 2007

O MAIOR DISPARATE DA HISTÓRIA

Ota: o maior disparate da História das obras públicas
Por Mário Lopes, na edição de hoje do Público

Só em custos directos, a Ota custa cerca de 4000 milhões de euros a mais do que um aeroporto definitivo na Margem Sul. Num debate recente na televisão, ouvimos um dos consultores da NAER (empresa do Novo Aeroporto) dizer que, quando a Ota saturar, o mais lógico será reconfigurar o hub nacional. Mas o que significa isso? Não havendo capacidade suficiente na Ota, os aviões serão redireccionados para Porto e Faro, o que considerou positivo para não estimular a macrocefalia de Lisboa. Mas os passageiros não podem ser redireccionados à força e irão apanhar aviões no local onde minimizem os custos totais e o tempo de deslocação para o aeroporto. E qual será a cidade mais perto de Lisboa onde poderão apanhar o avião? Provavelmente será Badajoz. Ou seja, pretende-se combater a macrocefalia de Lisboa promovendo o desenvolvimento económico de Espanha e o empobrecimento de Portugal. Mas não é exactamente para evitar que Portugal perca competitividade em relação a Espanha que se considerou absolutamente necessário avançar imediatamente para a construção da Ota, antes da saturação da Portela? Então porque se quer evitar agora aquilo que se quer deixar acontecer daqui a poucas décadas? Segundo o Governo, o aeroporto na Ota custará 3700 milhões de euros. Mas, tendo em conta a natureza dos solos e dos trabalhos a executar, o potencial para derrapagens financeiras é altíssimo, muito maior do que em locais planos na Margem Sul. Na prática, o custo do aeroporto na Ota dificilmente será inferior a 5000 milhões de euros. Estimativas para um aeroporto na Margem Sul apontam para valores muito inferiores, cerca de 1500 a 2000 milhões de euros, pois é uma zona plana. Mesmo com derrapagens, provavelmente não ultrapassaria 2500 milhões de euros. Outro custo de que se fala pouco são os acessos. Se o aeroporto for na Ota, como a Linha do Norte não teria capacidade para aguentar simultaneamente os comboios que serviriam a Ota e o TGV, seria necessário construir uma nova linha para o TGV até Lisboa. Seriam cerca de 45km, dos quais 37km em túnel ou viaduto, a um custo de cerca de 1500 milhões de euros. Ou seja, os custos directos da Ota serão próximos dos 6500 milhões de euros. Caso o aeroporto seja na Margem Sul, a situação é diferente: os comboios de ligação Lisboa-aeroporto poderão aproveitar a ponte e a linha que de qualquer forma terão de ser construídos para o TGV, ou seja, com custos adicionais quase nulos. E o custo da saída do TGV para norte pode ser muitíssimo reduzido com uma das seguintes alternativas a estudar e que não serviriam a Ota: (i) uma linha na Margem Sul a partir do aeroporto, barata por ser numa zona plana e pouco ocupada, ou (i) utilizando a Linha do Norte, quadruplicada e algaleada até Vila Franca de Xira. Nestas condições, conclui-se que só em custos directos a Ota, um aeroporto provisório para 13 anos segundo a NAV, custa cerca de 4000 milhões de euros a mais do que um aeroporto definitivo na Margem Sul. Como é que um país que poupa recursos fechando maternidades e serviços de urgência pode desperdiçar tanto dinheiro? Recorde-se que os brutais custos da Ota irão ser pagos em taxas de aeroporto, que encarecerão as viagens, isolando Portugal da Europa e do mundo. Haverá menos investimento e menos emprego e por isso piores condições de vida para todos os portugueses e não apenas para os que viajam de avião. E tudo isto justificado com base em quê? Na necessidade de proteger a riqueza ambiental da península de Setúbal. Por que razão este argumento é válido para não construir aeroportos e não é por exemplo para fechar a fábrica da Ford-Wokswagen, a auto-estrada A2, etc. Por que é que os danos para o ambiente são maus se forem causados por um aeroporto e por outras causas não são?
Prof. do Dept. de Eng. Civil do Instituto Superior Técnico

terça-feira, 8 de maio de 2007

LANÇAMENTO

Segunda-feira, dia 14 de Maio, pelas 17 horas, será lançado no Palácio da Bolsa (no Porto), o livro «O Erro da Ota e o Futuro de Portugal: a Posição da Sociedade Civil».

"OTA FOI DECISÃO POLÍTICA!"

O bastonário da Ordem dos Engenheiros, disse hoje que a escolha da Ota para a localização do novo aeroporto foi uma «decisão política», defendendo que a engenharia não pode servir para «justificar» este tipo de decisões. «A Ota foi uma decisão política. E se se trata de uma decisão política, é melhor terminar com este assunto, mas se queremos fundamentar a decisão política, os estudos técnicos têm de aparecer», afirmou Fernando Santo, à margem do seminário «Os Engenheiros e a Gestão das Empresas», que decorreu hoje, em Lisboa. «Não podemos utilizar a engenharia para justificar decisões políticas», acrescentou.

O bastonário da Ordem dos Engenheiros admitiu ter dúvidas em relação à viabilidade da localização do novo aeroporto de Lisboa na Ota, afirmando que não ter visto «nenhum esclarecimento cabal de justificação» para o novo aeroporto. Fernando Santo arguiu que durante sete anos e três governos, «a investigação foi conduzida pelo lóbi ambiental», insistindo na necessidade de fazer uma análise para «perceber o porquê da escolha da Ota». Questionado sobre a hipótese da Ordem dos Engenheiros apresentar um estudo, Fernando Santo disse que a Ordem não tem dinheiro para financiar um estudo. Confrontado com a polémica sobre as habilitações académicas do primeiro-ministro, José Sócrates, o bastonário da Ordem do Engenheiros escusou-se a comentar o assunto, afirmando tratar-se de uma «questão pontual».

Fernando Santo disse que «além dos títulos académicos, há a formação de competências, pois competir no mercado global, exige uma formação cada vez mais adequada». «Ser licenciado não é uma condição suficiente», concluiu o bastonário. O seminário realizado hoje foi organizado pela Ordem dos Engenheiros, em parceria com o Fórum para a Competitividade, inserindo-se num ciclo de três seminários dedicado ao tema «Os Engenheiros e a Competitividade». Os próximos seminários serão dedicados aos temas «Energia e Desenvolvimento Tecnológico», que decorrerá a 23 de Maio, e «Eficiência Energética e Desenvolvimento Sustentável», agendado para 05 de Junho. Ambos os seminários terão lugar na sede da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.
Fonte: Lusa

domingo, 6 de maio de 2007

REPÔR A VERDADE

Artigo publicado na edição do último Sábado do semanário Expresso, no suplemento de Economia, que transcrevo com a devida vénia:
O Governo não tem nenhum estudo que prove que a Ota é melhor que Rio Frio. O que possui (de 1999) diz o contrário

Nas últimas semanas, todos ouvimos, ditos e repetidos até à exaustão, uma infinidade de argumentos que mostram, a quem ainda tinha dúvidas, que a Ota é uma má localização para o novo Aeroporto de Lisboa. Um pouco timidamente, foram também ouvidas sugestões de localizações alternativas à Ota, com especial enfoque no Poceirão. Só que, basta olhar para os mapas que foram publicados na imprensa, para ver que Poceirão e Rio Frio são, no fundo, a mesma coisa. Nota-se, de facto, embaraço em falar de Rio Frio, pois alguns dizem que “já foi chumbado por razões ambientais”, em 1999. Ora, é preciso desfazer este embuste; não houve qualquer “chumbo ambiental” a Rio Frio. A decisão foi política. O que é interessante, é ser a ministra do Ambiente de então, vir dizer isso mesmo, agora, em várias entrevistas.

Vejamos os factos. Em 1998/99, foram realizados Estudos Preliminares de Impacte Ambiental para a Ota e o Rio Frio, na altura em que eram essas as duas localizações em disputa. De acordo com tais estudos, foram identificados impactes significativos nas duas localizações, mas nenhum desses impactes foi considerado impeditivo de um aeroporto. A Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental, nomeada para apreciar esses estudos, embora tivesse dado mais importância ao que era desfavorável em Rio Frio, como os sobreiros e os aquíferos, apresentou conclusão idêntica. O que aconteceu foi que, logo a seguir, em 5 de Julho de 1999, um Despacho conjunto dos Ministérios das Obras Públicas e do Ambiente, vetou Rio Frio, invocando “graves prejuízos ambientais”.

Sem dúvida curioso é o facto de esse despacho ter sido proferido um mês antes de o Governo receber o relatório do consultor a quem o próprio Governo tinha encomendado, um ano antes, um estudo para decidir a localização do aeroporto. É o famoso estudo do AdP (Airports de Paris), de Agosto de 1999, de que muitos falam, mas poucos leram, até porque foi “convenientemente” mantido reservado, até há muito pouco tempo. É de salientar que esse estudo foi adjudicado no âmbito de um concurso, para o qual foram convidados os grandes consultores internacionais nesta área.

Trata-se de um estudo multicritério, um trabalho notável, em que foram ponderados os factores económicos, sociais e ambientais das duas localizações: Ota e Rio Frio. Foram analisadas três opções: Ota, com as pistas orientadas na direcção N/S, e Rio Frio com duas possibilidades de orientação das pistas: N/S e E/W. Foram estudados 18 parâmetros. No que se refere ao ambiente, foi utilizada a informação dos Estudos Preliminares de Impacte Ambiental, atrás referidos. O resultado não deixa margem para dúvidas: 1º - Rio Frio E/W: 718 pontos; 2º - Rio Frio N/S: 675 pontos, e 3º - Ota: 616 pontos. Em rumo, o actual Governo não só não tem nenhum estudo que prove que a localização Ota é melhor que Rio Frio, como, o que possui (herdado de 1999), diz o contrário.

Considero, contudo, que a discussão não deve ser centrada apenas na localização do aeroporto, mas deve abranger o conjunto dos novos projectos: Novo Aeroporto, Rede de TGV e Nova Travessia do Tejo. A integração da realização destes projectos permite, por um lado, melhorar o desempenho de cada um deles e, por outro, reduzir o seu custo global.

Torna-se assim ainda mais fácil concluir que a melhor localização do Novo Aeroporto é na margem Leste do Tejo, na zona entre Rio Frio e Poceirão, ali ao lado da auto-estrada A12. Este é o local mais próximo de Lisboa com condições para satisfazer os requisitos de desempenho do aeroporto, tanto no imediato, como no futuro. Trata-se de uma zona plana, sem obstáculos à volta e de fácil acesso a todo o país, ficando a apenas 25 km de Lisboa pelas pontes Vasco da Gama e Chelas-Barreiro. Os custos de construção serão reduzidos e terá facilidade de expansão.

Um plano integrado com o aeroporto em Rio Frio-Poceirão, no entroncamento das linhas do TGV do Porto e de Madrid, a entrarem conjuntamente em Lisboa pela ponte Chelas-Barreiro, também com comboios convencionais e tráfego rodoviário, é extraordinariamente vantajoso, permitindo uma poupança superior a 3000 milhões de euros, ou seja, metade do custo das obras a realizar na zona de Lisboa.

O Governo não nega os problemas da Ota, mas diz que não pode parar o processo para estudar alternativas, por ser imperativo termos o Novo aeroporto a funcionar em 2017, altura em que se estima que o Aeroporto da Portela terá a sua capacidade esgotada. Ora, aqui está mais uma razão para construir o aeroporto em Rio Frio-Poceirão. Como se sabe, para construir um aeroporto na Ota, são precisas movimentações de terras e tratamentos de terrenos que demoram perto de três anos, ao passo que, numa localização na margem Leste do Tejo, os trabalhos equivalentes, porque são muito mais simples, não demoram mais de seis meses. É, portanto, ao contrário; um aeroporto em Rio Frio-Poceirão estará pronto mais de dois anos antes do que se for na Ota. Não há dúvida, depois de dissecados todos os argumentos, a única coisa que resta a favor da Ota é a obstinação do Governo.
S. Pompeu Santos, Engenheiro Civil, Vice-Preidente da Associação Internacional da Engenharia de Estruturas

sexta-feira, 4 de maio de 2007

BANALIDADES PERIGOSAS

Mário Lino debitou hoje mais umas quantas vulgaridades e falsidades políticas sobre a Ota, no Congresso do Oeste. depois de esclarecer as suas habilitações literárias e profissionais ("sou engenheiro civil inscrito na Ordem"), o que pode ser considerado como uma subtil dissidência face ao Priemiro-Ministro, o ministro disse mais umas coisas.
Vejamos uma a uma:
«Acho que devia haver [consenso político], porque se há consenso técnico o consenso político tinha razão de existir, porque o actual governo não alterou nada do que vinha dos governos anteriores»
Falso: primeiro, não há consenso técnico, segundo o consenso político não tem de estar dependente de um consenso técnico, terceiro, o consenso político não tem nada a ver com o facto de a Ota ter sido preparada por Governos anteriores.
«para dar um exemplo de que tinha uma liderança forte, informou que foi ele [Marques Mendes] que trouxe à luta política a questão da Ota, transformando a questão numa arma de arremesso político com pretensos estudos».
Falso: não foi Marques Mendes que trouxe a Ota à luta política. Foi a nova Democrcacia, como o ministro bem sabe. E quanto a Marques Mendes, não estará o ministro a usar a Ota como arma de arremesso político contra o líder do PSD?
Para o ministro está em curso «uma violenta e inqualificável iniciativa de partidarização e combate político envolvendo uma questão de eminente interesse nacional."
Falso: o que está em curso é uma discussão como nunca se fez e se o ministro der licença, há quem discorde. Violência, ainda não dei por ela. Importa-se de especificar o número, a localização das agressões e a identidade das vítimas? Não sei se isto não correrá o risco de ser considerada política de sarjeta, mas mesmo assim arrisco. Eu discordo. E como eu a maioria dos portugueses como se vê pela entrada abaixo desta. O ministro não gosta disso, mas fique sabendo que não mete medo a ninguém com esses labéus de "partidarização" e desse pecado mortal que é o "combate político". Sim, há combate político contra a Ota. Quererá o ministro proibi-lo?

quarta-feira, 2 de maio de 2007

MAIORIA CONTRA A OTA

A maioria dos portugueses considera desnecessária a construção de um novo aeroporto na zona de Lisboa e está contra a localização da infra-estrutura aeroportuária na Ota, revela o Barómetro Marktest para DN e TSF hoje divulgado.

A esmagadora maioria dos inquiridos no estudo (72 por cento) defende que o governo faça mais estudos para localizações alternativas à Ota, enquanto 18 por cento considera que já existem estudos suficientes para se optar por uma localização. Quanto à necessidade de um novo aeroporto, 57 por cento está contra. A favor da construção do novo aeroporto na Ota estão 18,1 por cento das pessoas ouvidas no estudo, contra 51,1 por cento de opiniões contrárias, enquanto 29,9 por cento afirma não ter opinião formada sobre o assunto.

Por regiões, é precisamente na da Grande Lisboa, em princípio a mais beneficiada pela nova infra-estrutura, que se encontra a mais alta percentagem de opositores à construção do aeroporto na Ota, com 60,1 por cento de respostas negativas, 18,7 por cento de positivas e 22,6 por cento de indecisos. No Grande Porto 51,9 por cento dos inquiridos está contra a construção na Ota, com 34,8 por cento de indecisos e 13,4 por cento de opiniões favoráveis. Na região sul o "não à Ota" também vence, com 50,3 por cento de opiniões negativas, 35,4 por cento de indecisos e 14,3 por cento de respostas positivas.

O Barómetro da Marktest para o DN e TSF foi efectuado entre 17 e 20 de Abril, com 813 entrevistas, sendo o erro de amostragem de 3,44 por cento para um intervalo de confiança de 95 por cento.
Fonte: Lusa

terça-feira, 1 de maio de 2007

AUGUSTO MATEUS, O ILUMINADO

Um socialista que não apoie a construção do aeroporto na Ota é notícia. Há vários. Mas também há socialistas do nim. Augusto Mateus é um deles. Num recente Congresso em Leiria limitou-se a falar nas cidades-aeroporto. “Só depois de sabermos que aeroporto queremos é que podemos discutir onde é”, disse durante um painel sobre competitividade territorial. Mas o autor do Plano Estratégico do Oeste não defendeu a Ota, embora, também, não se lhe opusesse. “Um debate apaixonado sobre se o aeroporto deve ser na Ota ou em Rio Frio é um debate tonto”, disse, revelando que “uma cidade-aeroporto necessita de uma área de 3.000 a 4.000 hectares, e a Ota, na melhor das hipóteses, terá 2.000 hectares”. Ora aí está: quando a tecnocracia fala todos nós temos a obrigação de nos sentir um bocadinho burros. Então discutir a localização de um novo aeroporto é lá coisa que se faça... um verdadeiro desaforo. Sobretudo, porque, como se sabe é coisa baratucha e desmontável! Que pachorra para aturar estes especialistas..., sobretudo os que são pagos para fazer estudos como Augusto Mateus está a fazer neste momento.

GOVERNO VIOLA A LEI NA OTA

"A Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA) criticou hoje o que designa por «irreversibilidade e subversão» na escolha da Ota para a localização do novo aeroporto de Lisboa, noticia a Lusa. A CPADA classifica, em comunicado hoje divulgado, de «irreversibilidade» a decisão da construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota antes de ter sido iniciado o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, cuja decisão - Declaração de Impacte Ambiental - tem carácter vinculativo. A confederação recorda que a Ota é uma «zona húmida classificada pelo Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROT-AML) como Área Nuclear para a Conservação da Natureza e Corredor Ecológico». "