quarta-feira, 11 de abril de 2007

CONTINUAR COM A PORTELA

"Antes de discordar da OTA (por razões já tantas vezes denunciadas nos media), discordo da destruição da Portela.Nada justifica o sacrifício de um belo aeroporto, cuja modernização custou milhões e que está idealmente sedeado, para a cidade e para os utilizadores. É essa a opinião, que acompanho, dos antigos presidentes da Câmara de Lisboa João Soares e Pedro Santana Lopes… Aceitar como natural a sua perda – irreparável – é característico de governos obcecados por projectos megalómanos, aos quais tudo sacrificam, pagando-os, é óbvio, com os impostos de gente pobre ou empobrecida pelo “assalto fiscal”, que vai em crescendo. O contrário aconteceu em França, no Reino Unido, nos EUA, por exemplo: o “Charles de Gaulle”, que periodicamente inaugura mais um terminal, não precisou de arrasar Orly, nem Gatwick de eliminar Heathrow, ou New York o velho “J.F. Kennedy” A maioria das grandes cidades procura dispor de um aeroporto de proximidade:La Guardia, Orly, “London City”, Toronto, São Paulo, Montreal (onde o longínquo “Mirabel” desapareceu do mapa...) e outras mostram-nos aeroportos principais dentro da cidade: Chicago (o maior do mundo?) ou Newark (um dos meus favoritos).A nossa capital, que está neste grupo selecto, não pode deitar a perder o trunfo da excepcional situação da Portela. Se for preciso há que encontrar um complemento, que seja ao lado, seja mais longe e escolher a dimensão adequada – pequena? Média? A expandir por fases?"
Aeroportos, no plural, por Manuela Aguiar, em O Primeiro de Janeiro.

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